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Empresas vão contratar mais
País ainda ostenta mercado fortemente aquecido
As projeções de diminuição do ritmo de crescimento da economia brasileira (4,5% em 2011, ante os 7,5% do ano passado) parecem não ter abalado a confiança do empresário brasileiro. Pesquisa da consultoria de recursos humanos Manpower realizada com 876 empregadores brasileiros, de um universo de 64 mil em um total de 39 nações, indica que 45% das companhias do país pretendem aumentar o número de funcionários em suas equipes nos meses de abril, maio e junho.
Pelas contas da Manpower, como 5% dos entrevistados pretendem demitir, a expectativa líquida — contrações menos desligamentos — no Brasil ficou em 40%. O índice representa aumento de quatro pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2011. O Brasil teve o melhor resultado entre os países pesquisados nas Américas. Depois dele, destacam-se Argentina (22%), Peru (20%) e Colômbia (17%). Em relação ao restante do mundo, o país ficou abaixo apenas de Índia (51%) e Taiwan (45%).
Ainda como reflexo da crise financeira internacional, empregadores da Grécia, da Espanha, da Irlanda e da Itália apresentaram as mais fracas expectativas. “Fica clara a manutenção de um índice alto de expectativa de contratação no Brasil, e, apesar da pequena queda no auge da crise no mundo, houve uma retomada natural. Agora, os índices crescem de forma constante”, ressaltou Riccardo Barberis, executivo da Manpower Brasil.
No Brasil, a construção civil é o setor mais otimista. Ao todo, 54% dos empregadores dessa área pretendem contratar no segundo trimestre, o que equivale a 20 pontos percentuais a mais que a perspectiva reportada para o período de janeiro a março. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, a preparação da infraestrutura do país para a Copa do Mundo de 2014 e o avanço do mercado imobiliário serão os principais propulsores do setor. “A construção é o segmento mais importante no desenvolvimento do Brasil. Talvez não repitamos o ritmo de 2010, mas vamos crescer conforme a economia”, ressaltou.
O resultado do setor de serviços, que liderou a geração de postos de trabalho com carteira assinada em 2010, continuou forte, com 45% de perspectiva de contratação, mas caiu seis pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre. “Isso pode ser um sinal de que, agora, temos uma lacuna entre demanda por profissionais qualificados e o nível de conhecimento dos candidatos disponíveis no mercado”, observou Barberis.
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